terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Aquele menino...


Ontem à noite eu caminhava pela rua.
Somente o clarão da lua.
Testemunha de minha dor.

Fruto das lembranças do passado.
De um sentimento recordado, pela distancia de um grande amor.
A rua estava tão fria e nas sombras desertas e vazias.
Eu vi sentado aquele menino.

Seu rosto triste e abatido, olhar distante e perdido como se estivesse a sonhar.
Então, comovido pela emoção eu segurei a sua mão e ele começou a falar.
Moço eu não tenho pai nem mãe também.
Vivo só sem ninguém, como se fosse um bicho.
As pessoas dizem que não presto, se me dão comida é o resto, o que dariam para o cachorro.
As vezes sozinho eu penso, que neste mundo eu pertenço  ao que se chama de lixo.
Então ele se levantou e sem mais, me disse adeus.
Ele foi caminhando pela rua e na escuridão da lua nas trevas ele sumiu.

Hoje vivo só e arrependido, por ter deixado meu caminho, nas trevas da aflição.
E por mais que doa a separação, vou lembrar sempre da aflição.
Dos olhos daquele menino.
E assim percebo meu mundo, que é completo e profundo por todo s amor que tenho.
E quando a tristeza me toma e aflito eu me encontro.
Vejo que no mundo, a sempre um mal profundo.
Maior que minha aflição.
E todas as vezes que eu chorar.
Sempre vou lembrar...
Lembrar, daquele menino...

Nenhum comentário: